
RLC Consultoria Financeira - Ruy Lopes Cardoso
Pensamentos no tempo
01/novembro/2025
Esgarçamento do tecido social.
O atual comportamento humano no Brasil mostra um esgarçamento do tecido social. É como usar uma camisa cujo tecido está puído. Observo muitas pessoas não escutarem umas às outras em várias conversas, comumente reagindo sem refletir sobre o assunto ou opiniões contrárias. Não há diálogo, apenas reação intempestiva. O respeito ao próximo é frequentemente negado em várias situações. Na condução dos carros nas ruas, “costurando” para passar mais a frente, furando sinal vermelho de trânsito, dirigindo o carro na contramão, desconfiando de qualquer sistema ou serviço público, burlando as mais simples regras de conduta, sem cuidado com o bem comum, o aumento no uso de serviços e equipamentos ilegais, o excesso permanente de lixo nas calçadas e ruas, enfim, em tantas situações para sentir-se isolado ou mesmo pessimista com o futuro de nossas vidas.
A minha lembrança de ter ouvido a expressão “tecido social”, ainda foi nos anos 60 durante a faculdade. Os professores Manoel Berlinck de sociologia, Pedro Calil de economia, preocupados com a situação da desigualdade social no Brasil, refletiam em classe sobre o “esgarçamento do tecido social”. Anos depois eu me envolvi numa situação de nítida impotência social, ao entrar na classe de aula e ter esquecido o apagador. Corri ao banheiro da escola e busquei papel toalha para usar durante minha aula. Antes de sair, um aluno não conhecido deixou de apertar a descarga após o uso. Chamei o mesmo para não esquecer de puxar o botão, e ele imediatamente disse: “Não vou fazer”. Eu, inocente ainda, lembrei a ele de ser uma questão de higiene, mas ouvi novamente: “Não vou fazer e você não tem nada a ver com isso”. Fiquei sem palavras e voltei à minha classe para dar a aula.
Voltando a sala dos professores encontro o Paulo, meu colega, e contei-lhe o acontecido. Ouvi dele a seguinte frase:
“O que se pode esperar, é isso mesmo, o que é dos outros é de ninguém, então eles não se preocupam mesmo”.
Nestes últimos anos temos vivido situação similar com nosso país. Seria quase afirmar:
“O que é de todos é de ninguém, logo, faço o que quiser”.
Comecei a pensar no Brasil, das pessoas, das famílias, dos funcionários públicos, políticos, legisladores e juízes. Será possível, em sua maioria não terem ao menos uma vez na vida a preocupação com a situação do nosso “tecido social”? Estamos vivendo situações de muita insegurança ao andar nas ruas, com medo de assaltos, perda de bens de uso comum com o celular, a aliança de casamento, o veículo furtado, e até a morte súbita.
Esgarçar o tecido social demonstra a fraqueza das relações humanas, no entanto, a preocupação com os animais de estimação se eleva. Não me oponho ao trato de gatos e cachorros como “filhos de quatro patas”, e talvez seja pela incompreensão para com os humanos essa preferência.
Esgarçar o tecido social está demonstrado nas atuais relações entre as instituições, sejam das autoridades políticas, ao inverterem seus papéis de representantes da população, para a preocupação com sua sobrevivência e subserviência aos verdadeiros “donos do poder”. Estes, por vezes de “grupos” infiltrados nessas e em outras instituições do poder. Talvez o termo “grupos” seja outro.
Esse conjunto de relações, ou se quiserem, a estrutura da sociedade, famílias, escolas, empresas e governos está se mostrando fraca, e incapaz de sustentar o combate às desigualdades sociais, enfraquecendo a confiança nas instituições.
31/outubro/2025
Quando países desejam conquistar novos espaços, dispõem de inteligência e armas suficientes para o objetivo, mas não possuem as mesmas armas e inteligência para derrotar terroristas, traficantes e outros ladrões. A conclusão é de estes últimos já serem ocupantes dos governos desses países.
29/outubro/2025
O Brasil precisa de gente com coragem para denunciar desvios de conduta e atos de má fé.
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15 agosto, 2025 – *A delicada arte de viver muito* – por Mário Donato D’Angelo
Viver muito sempre foi, por séculos, uma raridade quase mítica. Era coisa de avó centenária que conhecia a cura das doenças no cheiro do mato, ou de personagem de romance russo, desses que morriam em São Petersburgo, sob a neve, citando Aristóteles em voz embargada.
Longevidade era exceção. Agora virou estatística.
Vivemos mais. Isso é fato. A medicina avançou, os antibióticos viraram gente da casa, o colesterol passou a ser vigiado como se fosse um criminoso reincidente. A expectativa de vida subiu, e com ela a ideia, quase ingênua, de que bastaria durar para que tudo desse certo.
Mas viver muito não é a mesma coisa que viver bem. E é aí que começa a grande arte.
Porque a verdade é que a longevidade chegou antes do manual de instruções. Achávamos que envelhecer seria como alcançar um mirante: olhar para trás com serenidade, cruzar os braços sobre o próprio legado, saborear os frutos de uma vida bem vivida.
Mas a velhice, como a infância, exige cuidados diários, e também alguma poesia.
O corpo, esse velho cúmplice, começa a dar sinais de que o tempo passou. As juntas rangem como portas de armário antigo, os reflexos hesitam, os músculos se retraem.
Mas não é só o corpo que envelhece: às vezes o mundo ao redor também se torna estranho, distante. Os amigos partem, os filhos se dispersam, as calçadas ganham degraus invisíveis. E de repente, o que mais dói não é o quadril, é o silêncio.
E então vem ela: a queda.
Não só a queda literal, essa que acontece no banheiro, no degrau da padaria, na pressa inocente de atravessar a rua. Mas a queda simbólica: do entusiasmo, da autonomia, da autoconfiança. A queda de uma imagem de si mesmo que antes era firme, decidida, ágil. A queda de um modo de viver que não se encaixa mais no corpo que agora abriga a alma com mais cuidado.
A Organização Mundial da Saúde diz que um terço dos idosos sofre uma queda por ano. E essa queda pode ser o primeiro passo de uma jornada difícil: fraturas, cirurgias, internações, perdas, de mobilidade, de independência, de ânimo.
Mas veja bem: não se trata de um alerta sombrio. Trata-se, aqui, de um chamado amoroso à reinvenção.
Porque o envelhecimento também pode ser reinício. E preparar-se para ele é como preparar um jardim: exige tempo, presença, escolhas. É preciso cultivar força, sim, não para carregar sacos de cimento, mas para levantar-se da cadeira com leveza e poder abraçar um neto sem receio de tombar. É preciso elasticidade, não só nos músculos, mas nas ideias. E é preciso algo ainda mais raro: gentileza consigo mesmo.
Não se trata de negar a velhice. Ela chega, queira-se ou não, com suas rugas e suas lentidões, com seus esquecimentos charmosos e suas manias de repetir histórias. Mas há velhices e velhices. E há aquelas que florescem, porque foram cuidadas, porque tiveram sol e sombra, porque foram vividas com afeto, com liberdade, com algum humor.
Sim, o humor. Ele é, talvez, o músculo mais importante a ser mantido. Porque rir de si mesmo, das gafes, das perdas de memória, do tropeço nas palavras, é um jeito de desarmar o tempo.
O velho ranzinza é um clichê injusto, há velhos encantadores, que dançam bolero na sala com o ventilador ligado e o cachorro olhando desconfiado. Que tomam vinho com moderação e sorvete sem culpa. Que, aos oitenta, aprendem a usar o celular, e ainda erram, mas riem do erro.
A longevidade, quando bem-vivida, é como uma tarde longa e luminosa. Daquelas em que o sol demora a ir embora e o tempo parece suspenso entre uma lembrança e outra. Não é preciso correr. Nem competir. Basta estar inteiro: corpo e alma em compasso.
É isso que propomos aqui: um olhar amoroso para o futuro que já chegou. A velhice não precisa ser sinônimo de decadência. Pode ser plenitude.
E envelhecer bem não é luxo, nem sorte, é construção diária. Com passos firmes, com gestos suaves, com a força das pernas e o riso no rosto. Com o cuidado do corpo, sim, mas também com a ternura da memória.
Porque o segredo não é apenas viver muito.
É fazer da longevidade uma arte íntima, uma coordenação delicada entre o tempo e o desejo.
E que, ao final, quando chegar a noite, a gente possa dizer, com lucidez e com alegria — “Foi bom ter vivido tanto. *Mas foi melhor ainda ter vivido bem.”
11 agosto, 2025 – Peço licença ao Professor Denis Lerrer Rosenfield para publicar aqui seu brilhante artigo de hoje, dia 11 de agosto de 2025 no jornal O Estado de São Paulo.
"Os defensores da democracia."
"Limites devem ser estabelecidos, sob pena de a defesa da democracia tornar-se uma arma que pode miná-la.
O Brasil precisa se defender dos defensores da democracia! Cuidado! O terreno está minado! O número de falsos personagens que se arvoram em defensores das liberdades é propriamente assustador. O País está rumando para uma crise institucional de proporções importantes, com as instituições se desagregando internamente, para além dos conflitos cada vez mais visíveis entre elas, enquanto os responsáveis políticos nada mais fazem do que defender seus interesses eleitorais, corporativos, de privilégios e outros, como se o bem coletivo pudesse ficar à deriva.
Bolsonaro e seu filho Eduardo só se preocupam com uma anistia generalizada que os beneficiaria, usando para isso, sem quaisquer limites, todo e qualquer meio, inclusive as tarifas impostas, que contrariam os interesses nacionais. Fazem o jogo dos EUA em prejuízo de seu próprio país, algo inaceitável para um ex-presidente. Agir contra a própria nação é propriamente um crime. Do ponto de vista eleitoral, tanto mais inexplicável é, uma vez que sua própria base foi prejudicada, em particular o agronegócio, seu pilar de sustentação. Se o deputado tinha alguma pretensão presidencial, ela simplesmente esvaiu-se. Entre o Brasil e os EUA, optaram por esse último, sob o pretexto de estarem defendendo as nossas liberdades! Ora, o País sofreu um imenso tarifaço e eles defenderam que o presidente americano tenha ingerência no Judiciário brasileiro. Pasmem, declaram defender as liberdades.
Os liberticidas, os que arquitetaram o golpe, devem sim ser punidos. E exemplarmente. No entanto, torna-se necessário fazer a distinção entre os mentores e os seguidores, os que apenas serviram como massa de manobra. Os participantes das depredações de 8 de janeiro deveriam ser anistiados ou serem objetos de penas leves, algo que não tem nada a ver com condenações impróprias como a de uma mulher condenada a 14 anos de prisão por manchar de batom uma estátua. Foram bucha de canhão. O golpe já tinha sido naquele então inviabilizado pela atitude corajosa de generais do Alto Comando do Exército, que o impediram. Uma vez tal decisão tomada, o que se seguiu foi a atitude desesperada de remanescentes golpistas.
Tampouco cabe a Lula apresentar-se como defensor da democracia e dos interesses nacionais. Provocou o presidente Trump com fanfarronices de um homem descontrolado, alheio ao papel de um presidente e, menos ainda, de um democrata.
Tornou-se internacionalmente um personagem cômico. Defende sozinho uma desdolarização dos negócios internacionais, como se fosse uma prerrogativa do Brics, que nem o apoiam. Só fala para sua base petista, que fica exultante em seu atordoamento. Solidarizou-se com Putin, que procura, tão simplesmente, anexar a Ucrânia e foi julgado internacionalmente por sequestrar crianças! O nosso humanista se cala.
Tornou-se um porta-voz do Hamas, divulgando como verídica qualquer mentira de lá proveniente. E não consegue nem mais se conter. Seu antissemitismo se escancarou ao retirar o Brasil da posição de observador da Aliança Internacional em Memória do Holocausto, dedicada a combater o antissemitismo no mundo. Seus aliados terroristas o aplaudiram. Como pode se exibir como defensor do humanismo e das liberdades? Ademais, ainda se diz cada vez mais “esquerdista e socialista” numa curiosa encenação de ideias retrógradas que não deram lugar à democracia em nenhum lugar do mundo. E não cessa de lançar bravatas contra Trump, tendo tornado o Itamaraty um puxadinho dessas ideias capitaneadas pelo Palácio do Planalto. O seu silêncio seria um poderoso instrumento diplomático.
O ministro Alexandre de Moraes, embora tenha tido uma posição de destaque em defesa da democracia ao posicionar-se decisivamente no julgamento da tentativa de golpe de Estado, passou a exercer poderes que ultrapassam as regras de um Estado Democrático de Direito. Não pode unir em sua pessoa as funções de delegado, promotor e juiz, passando a imiscuir-se em qualquer assunto político que diz ser de sua competência. Limites devem ser estabelecidos, sob pena de a defesa da democracia tornar-se uma arma que pode miná-la.
Não pode ele, apesar de ser injustamente punido pelo presidente americano, que está, por sua vez, decidindo muito além de suas prerrogativas internacionais, reagir a elas dobrando as apostas e agravando os conflitos. Por mais que Bolsonaro tenha tentado um golpe de Estado, pelo qual não foi ainda julgado, não pode ele ter cortada a sua liberdade de expressão, constitucionalmente assegurada. Tampouco deve ser o Supremo Tribunal Federal (STF) um anexo dos perdedores dos embates legislativos, que a ele recorrem para extrair algum ganho, pervertendo as instituições democráticas. Nem mesmo um defensor dos privilégios abusivos do Judiciário que afrontam os sentimentos nacionais, enfraquecendo, assim, as instituições democráticas. Cabe ao STF ser uma Corte Constitucional e não um ator político. A democracia disso também depende."
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8 agosto, 2025 – A população de um país é a responsável pelas atitudes do líder por ela eleito.
8 agosto, 2025 – O Brasil e o “tarifaço”
É crônica a falha na gestão do capital de giro de grande parte das empresas brasileiras.
As causas das quebras das empresas, ou do encerramento delas, nos primeiros anos de suas atividades, estão na falta de atenção às instabilidades econômicas do país, e nos elevados custos dos recursos financeiros de curto prazo junto às instituições financeiras, estes em razão dos altos riscos envolvidos.
Minhas observações, quando do anúncio do “tarifaço” de 50% aos produtos brasileiros destinados aos Estados Unidos, são da fragilidade no cuidado dos ativos que compõem o capital de giro de grande parte dessas empresas, da demonstração na pouca capacidade de gestão do governo em reagir adequadamente para uma renegociação comercial, e da resistência política demonstrada pelas atitudes dos governantes.
A oferta de ajuda governamental para essas empresas certamente irá agravar a situação fiscal do país, já tão frágil e elevada desde a pandemia e do atual governo.
Não entendo as atitudes de um governante de país tradicionalmente democrático agir como ditador, mas as provocações e reações de ambas as partes não levarão a bom termo. Ideologias e falta de inteligência aos líderes.
3 agosto, 2025 – Extremistas com poucos sinais de inteligência.
O Brasil prioriza sua sobrevivência política com obsessão ideológica, acima do bem-estar da sua população. Os EUA elegem uma resistência à manutenção de sua força econômica, provocando alterações nos acordos com parceiros externos, mas destruindo valores internos. Ambos os lados mostram falhas nos sinais de inteligência política. Aqui a falta de uma estratégia para proteção de seu povo em nome da sua “soberania”, esta, um luxo impossível a pagar em razão da sua alta dependência do sistema internacional, pretensões de potência, mas com a vulnerabilidade de um país ainda subdesenvolvido, sistema institucional instável e próximo a regimes autoritários com Venezuela, Rússia, China entre outros menores como Cuba, provocam o ainda resistente poder econômico mundial. Sobramos com um estado de direito democrático desequilibrado, uma política judicializada afetando a insegurança e a economia.
E ainda há muito acontecendo ...
11 julho, 2025 – A capacidade de agir sem provocações mostra inteligência, e deveria ser o principal atributo de um governante. Poucos demonstram possuir.
7 julho, 2025 – Quando “líderes políticos” provocam outros “líderes políticos” não estão fazendo “POLÍTICA”, mas tentando atuar como DITADORES sem escrúpulos e sem respeito aos seus povos. Um deles indica o outro ditador para o Nobel da Paz!
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22 junho, 2025 – Hoje acordei pensando: lidar com a vida é infinitamente mais difícil em relação à morte. Na vida sempre temos impostores, corruptos, prepotentes, arrogantes, autoritários, e donos da verdade, mas muitos inocentes e fracos frente àqueles poderosos.
13 junho, 2025 – Se esse artigo esclarece, deveria ser mais bem distribuído, sem desmerecer o jornal.
Autor: Denis Lerrer Rosenfield para O Estado de São Paulo, 16 de junho de 2025.
Título: Israel e a dominação do Hamas
Texto: Se a ação militar de Israel em Gaza seguir restrita ao uso da força, corre o risco de perder a batalha pela mente da população e de setores importantes da opinião pública.
Um dos aspectos críticos da ofensiva israelense em Gaza tem consistido na ausência de trabalho junto da população civil, aprisionada, em certo sentido, entre o Hamas e as Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês), embora fosse até agora um sustentáculo do grupo terrorista. Israel já derrotou militarmente o Hamas, mas nada fez para anular seu domínio sobre a população civil, que continuou a ser capturada e dominada por ele. Conquistava territórios e, depois, os abandonava, como se o seu trabalho estivesse concluído.
Tornou-se refém de um círculo vicioso, com o Hamas vindo logo a ocupar esse território abandonado, mantendo a população civil sob seu jugo, tentando implantar-se novamente, e Israel voltando a atacar, e assim por diante. A IDF não passava para uma outra fase, a de ajudar a população civil, rompendo com esse círculo vicioso, mostrando na prática que uma outra vida é possível, baseada no fornecimento de mantimentos, assistência hospitalar e, posteriormente, educação.
Ao não fazê-lo, deixou o espaço livre para que o Hamas voltasse a capturar o espaço que tinha perdido. E ele o fez enquanto força policial, por meio de seus grupos violentos de segurança, perseguindo e assassinando os que tinham eventualmente colaborado com Israel. Dessa maneira, continuou a apoderar-se da ajuda humanitária, saqueando comboios, apropriando-se de mantimentos para seu uso, e também revendendo-os a preços exorbitantes para os palestinos. Controlava este “seu mercado”. Seus líderes, assim tornados bilionários, vivem confortavelmente no Catar. A hipocrisia não tem limites e muitos ainda acreditam nela!
Em consequência, ao extorquir a população, arrecada recursos para pagar seus militantes e recrutar novos. E a ajuda “humanitária” é um meio de financiamento. Tudo isso com a cumplicidade e o beneplácito das agências da ONU, em particular da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Próximo (UNRWA). O Hamas consegue, todavia, alardear entre a opinião pública mundial uma preocupação sua com a população, tendo obtido, inclusive, a adesão de países europeus. Mantém, assim, a sua autoridade policial, como se fosse algo normal. Anormal, porém, consiste em apoiá-lo como o faz o presidente Lula, com toques cada vez mais acentuados de antissemitismo.
Agora, o jogo está mudando. Em maio de 2025, Israel, com o suporte dos EUA, contratou uma ONG suíça para efetuar a distribuição de mantimentos em Gaza. Há uma mudança de estratégia. Os seus membros são americanos, voluntários, enquanto a IDF, naqueles perímetros, executa o trabalho de proteção militar. Mantimentos são, então, distribuídos diretamente, não passando pela mediação do Hamas, que fica, portanto, sem qualquer forma de controle da população civil, perdendo a sua autoridade. Tentou impedir que isso acontecesse, mas os palestinos acorreram, não obedecendo às diretrizes terroristas, o que não deixa de ser um ato de revolta. A barreira do medo está sendo vencida. Um homem chegou a agradecer, num vídeo que viralizou, “a todos os que nos ajudam, sejam eles muçulmanos, americanos ou infiéis”, com crianças em torno dele carregando nos ombros os fardos.
Imediatamente, vendo o perigo de rompimento de sua dominação sobre a população civil, o Hamas reagiu por intermédio de uma campanha internacional denunciando Israel por prestar essa ajuda. Ataca, inclusive, no campo, a ajuda humanitária que apregoa defender. Assassina os seus trabalhadores. Os porta-vozes da ONU, que podem ser denominados de porta-vozes do Hamas, passaram a declarar que a ajuda humanitária teria perdido a sua “neutralidade”.
Ora, o argumento chega a ser hilário, uma vez que a UNRWA era e é completamente instrumentalizada por essa organização terrorista, fazendo seu jogo e conferindo-lhe uma aparência de reconhecimento internacional.
Essas agências temem, aliás, perder a sua função e as suas fontes de financiamento. Nunca tiveram nem têm qualquer preocupação com a neutralidade, sendo sempre parciais, além de mentirosas.
Se um determinado território é ocupado militarmente, após ter estado sob a dominação islamista radical, torna-se um fator central agir junto dessa população, para lhe mostrar que o medo e a violência podem ser erradicados.
Se o espaço ficar vazio politicamente e ideologicamente, os terroristas voltarão a ocupá-lo. Israel deveria preocupar-se primordialmente, nesta nova fase, com o bem-estar material, proteger escolas, hospitais e centros de abastecimento – preocupações essas que não fazem parte da cartilha do Hamas.
Se a ação militar israelense permanecer restrita ao uso da força, ela corre o sério risco de perder a batalha pela mente da população e de setores importantes da opinião pública. E a opinião pública é um fator importante da própria estratégia de guerra, pela influência que exerce em diferentes governos, sobretudo os democráticos. Muitos têm caído na armadilha ideológica dos terroristas, a começar pelo governo brasileiro, cujos membros chegam a ser, alguns, protagonistas. Já nem mais escondem sua parcialidade e os seus interesses.
17 de maio, 2025
A lembrança de dois anos atrás com os falidos Silicon Valley Bank, Signature Bank e First Republic Bank, e das novas instituições financeiras no Brasil, algumas aventureiras em um mar de gestão governamental duvidosa, o caso do Banco Master mostra a facilidade para evoluir na ganância marcada por uma regulamentação ainda frágil e uma permissividade no ambiente atual pós 2022. Confiar em um sistema permitindo a outras instituições o socorro com FGC (fundo de garantia aos depósitos até R$250 mil), principalmente bancos públicos ou empresas politicamente favorecidas, indica a conivência explicita para gestão temerária. Avaliar apenas os passivos com altas taxas de juros, ou excessivamente acima do CDI não é razoável. Para um sistema financeiro saudável é importante avaliar os créditos concedidos, os ativos. No caso desse banco, boa parte de altíssimo risco. Os tempos atuais estão recheados de casos sem solução adequada.
31 de março, 2025
Consignado e “bets” criam dependentes, enquanto bolsistas representam compras de votos em suaves prestações, e pior … com dinheiro público!
28 de março, 2025
Brasil se tornando país de máfia na política, na justiça e nas “leis”.
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​26/fevereiro/2025
Trump is neither smart nor intelligent. By establishing a resort in Gaza, he is encouraging terrorists to seek revenge.
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17/fevereiro/2025
País da impunidade gera políticos corruptos, subservientes ao crime organizado, protegidos pela suprema corte.
30/janeiro/2025
Trump ganhou de Lula informando a causa do acidente aéreo ontem em Washington, onde um avião ao pousar colide com um helicóptero. "Os requisitos de diversidade e outras políticas de alguma forma causaram essa colisão". Poderiam ser as observações do nosso presidente com relação à oposição, caso fosse em nosso território!
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26/janeiro/2025
O governo brasileiro tem cabras vigiando horta. Além do ministério, congresso e STF apostam nas cabras!
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11/janeiro/2025
Lendo o jornal O Estado de São Paulo desta data, 11 de janeiro de 2025, o atual presidente do Banco Central do Brasil aponta o forte crescimento econômico, a depreciação cambial e fatores climáticos como motivos para o descumprimento da meta de inflação em 2024. Ao fazer essa afirmação, “esquece”, ou por subserviência não enfatiza a causa, e sim as consequências geradas pelo desequilíbrio fiscal, perseguido pela gestão do poder executivo. Como observado pelo economista Sérgio Valle, ignora o cerne da questão, a política fiscal. Já o colunista Álvaro Gribel, em claras observações sobre o problema, afirma ser o presidente Lula o responsável para assinar a carta sobre o estouro da meta de inflação em 2024. Não vejo sentido, uma vez ser de responsabilidade exclusiva do presidente do Banco Central a preparar e divulgar a citada carta. As análises de José Marcio Camargo, no artigo “Credibilidade e crise”, e de Fábio Gallo em “O fantasma da dominância fiscal” vão na certa direção analítica, observando dever sempre verificar as causas e não o inverso, muito comum ou conveniente para muitos.